Kim Basinger: sete décadas de glamour e controvérsias

Aos 70 anos, Basinger continua sendo uma figura icônica do cinema, com uma carreira cheia de altos e baixos, mas que deixou uma marca inegável na indústria.

A icônica Kim Basinger está completando 70 anos, e nada melhor do que celebrar sua trajetória de sucesso, beleza e algumas polêmicas que marcaram sua carreira. Basinger é um dos nomes mais conhecidos de Hollywood, tendo sido uma figura central tanto em grandes produções cinematográficas quanto em manchetes de tabloides, com sua vida pessoal e escolhas profissionais frequentemente sendo alvo de debate. Desde seus primeiros passos como modelo até sua ascensão como uma das maiores estrelas do cinema dos anos 80 e 90, Basinger sempre esteve sob os holofotes.

Primeiros passos de Basinger no cinema

Nascida em 8 de dezembro de 1953, no estado da Geórgia, Basinger começou sua carreira como modelo, chamando atenção por sua beleza marcante. Entretanto, seu sonho sempre foi atuar. Ela começou a transitar pela televisão e pelo cinema no início dos anos 70, aparecendo em pequenas produções. Seu primeiro grande destaque no cinema veio em 1983, com o filme Nunca Mais Outra Vez (Never Say Never Again), onde interpretou a “Bond girl” Domino Petachi ao lado de Sean Connery. Esse papel foi o ponto de virada que levou Kim a uma carreira consolidada no cinema, abrindo portas para outras produções importantes.

9 ½ Semanas de Amor: o lado ousado de Basinger

Um dos filmes mais marcantes de sua carreira foi 9 ½ Semanas de Amor (1986), no qual contracenou com Mickey Rourke. Dirigido por Adrian Lyne, o filme explorava uma relação sexual intensa entre os personagens, com cenas extremamente ousadas para a época. Embora a recepção do filme tenha sido controversa, as cenas de strip-tease de Basinger – particularmente a famosa cena ao som de “You Can Leave Your Hat On” – se tornaram ícones na história do cinema. Portanto, esse papel consolidou sua imagem como um sex symbol, uma posição que ela manteria ao longo dos anos 80 e 90.

A polêmica com Encaixotando Helena e a falência

No entanto, nem todos os seus projetos tiveram finais felizes. Um dos momentos mais controversos de sua carreira foi sua recusa em participar do filme Encaixotando Helena (Boxing Helena), em 1993. Kim havia assinado um contrato para interpretar a protagonista, mas desistiu antes das filmagens começarem. O filme, dirigido por Jennifer Lynch (filha de David Lynch), envolvia uma trama polêmica, onde uma mulher, interpretada por Basinger, seria sequestrada e, em um ato de extrema obsessão, teria seus membros amputados.

A recusa de Basinger em participar do filme lhe custou caro. Ela foi processada pelos produtores, que exigiram o cumprimento do contrato. O tribunal decidiu contra Kim, e ela foi condenada a pagar uma multa milionária. Na época, ela já havia feito investimentos arriscados, incluindo a compra de uma pequena cidade chamada Braselton, na Geórgia, o que acabou sendo um golpe financeiro fatal. Ela teve que declarar falência em 1993, o que afetou profundamente sua vida pessoal e profissional.

O polêmico Encaixotando Helena

Encaixotando Helena gerou muita polêmica não só pela decisão de Basinger de abandonar o projeto, mas também por sua própria narrativa bizarra e desconfortável. O filme foi fortemente criticado por seu enredo extremo e a forma como retratava a obsessão e a mutilação. No entanto, Basinger, que havia feito cenas sensuais em 9 ½ Semanas de Amor, surpreendeu ao se recusar a participar de Encaixotando Helena. Muitos se perguntaram por que ela aceitou participar de um filme tão ousado nos anos 80, mas recusou algo igualmente controverso anos depois. Contudo, esse impasse entre liberdade criativa e limites pessoais de atuação continua sendo uma discussão interessante na carreira de Kim.

Casamento conturbado com Alec Baldwin

Outro aspecto notável da vida de Basinger foi seu relacionamento com o ator Alec Baldwin. Os dois se conheceram durante as filmagens de O Sucesso a Qualquer Preço (1991) e se casaram em 1993. No entanto, o relacionamento foi marcado por brigas públicas, disputas legais e um divórcio amargo em 2002. Contudo, eles tiveram uma filha, Ireland Baldwin, e as batalhas pela custódia da criança alimentaram tabloides durante anos. Dessa forma, Alec Baldwin e Kim Basinger frequentemente trocavam farpas, e o fim do relacionamento foi uma das separações mais comentadas de Hollywood.

Kim Basinger foi vencedora do Oscar de atriz coadjuvante por LA - Cidade Proibida
Kim Basinger foi vencedora do Oscar de atriz coadjuvante por LA – Cidade Proibida

O Oscar por LA – Cidade Proibida

Apesar de todos os altos e baixos pessoais e profissionais, Basinger mostrou que, além de sua beleza e presença, ela tinha talento de sobra. Sua performance em LA – Cidade Proibida (L.A. Confidential), em 1997, lhe rendeu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. No papel de uma prostituta de luxo, inspirada em estrelas de Hollywood dos anos 40 e 50, Basinger provou que era mais do que apenas um rosto bonito na indústria. Portanto, esse filme consolidou sua carreira e lhe trouxe reconhecimento como uma atriz de grande talento dramático.

Aventuras no universo musical

Curiosamente, além de sua carreira no cinema, Kim Basinger também teve breves incursões no mundo da música. Ela tentou seguir carreira como cantora nos anos 80, gravando algumas músicas que foram lançadas em projetos menores. Embora sua carreira musical nunca tenha decolado, ela ainda demonstrou seu interesse e talento em outra forma de arte, mostrando sua versatilidade e desejo de explorar novos territórios.

Kim Basinger fez uma participação na canção ´Shake Your Head` , do Was Not Was

Uma estrela em Cool World ao lado de Brad Pitt

Outro momento notável de sua carreira foi o filme Cool World (1992), uma animação dirigida por Ralph Bakshi. Nesse longa, Basinger contracenou com Brad Pitt, interpretando uma personagem que transitava entre o mundo animado e o real. Embora o filme tenha recebido críticas mistas, o conceito era inovador para a época, e Basinger emprestou sua imagem e sensualidade para a personagem animada. Cool World foi uma prova de como Basinger era capaz de se adaptar a diferentes formatos, sempre entregando uma performance marcante.

Um ícone dos anos 80: a namorada de Batman

Além de 9 ½ Semanas de Amor, um dos papéis mais lembrados de Basinger é sua participação em Batman (1989), dirigido por Tim Burton. No filme, ela interpretou Vicki Vale, a fotógrafa que se envolvia romanticamente com Bruce Wayne. Batman foi um enorme sucesso de bilheteria e consolidou ainda mais a presença de Kim em Hollywood. Sua química com Michael Keaton, que interpretou o protagonista, foi um dos pontos altos do filme, e sua performance a firmou como uma das principais estrelas da década.

Basinger hoje: reclusão e discrição

Atualmente, Kim Basinger mantém uma vida mais discreta, afastada dos holofotes que a acompanharam por décadas. Ela tem aparecido em poucas produções nos últimos anos, preferindo manter uma rotina tranquila e longe da atenção da mídia. Sendo assim, aos 70 anos, Basinger continua sendo uma figura icônica do cinema, com uma carreira cheia de altos e baixos, mas que deixou uma marca inegável na indústria.

Kim Basinger não é apenas um símbolo de beleza, mas uma atriz versátil que navegou por papéis dramáticos, sensuais e até mesmo cômicos, sempre mantendo seu magnetismo nas telas. Contudo, sua vida pessoal e profissional foi marcada por grandes sucessos e duras quedas, mas, aos 70 anos, ela continua sendo um ícone absoluto da história do cinema.

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Diego Almeida
Diego Almeida

Formado em Publicidade e pós graduado em Artes visuais. Admirador da cultura pop no geral, com objetivo em viajar por toda Europa em 1 mês apenas.

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